Após a confirmação de que já ocorre a transmissão comunitária da varíola dos macacos em Belo Horizonte, a Secretaria Municipal de Saúde de Pará de Minas admitiu a possibilidade de chegada da doença na cidade.
Até o momento, dos 32 casos confirmados em Minas Gerais, 27 são da capital mineira, único município no estado onde acontece a transmissão comunitária, quando as pessoas são infectadas sem viajar para uma área endêmica.
Os outros exames positivos da varíola dos macacos em Minas foram registrados em Governador Valadares (2), Sete Lagoas (2) e Mariana (1). De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, 30 casos estão em investigação e os resultados serão divulgados nos próximos dias.
Pará de Minas chegou a ter uma notificação suspeita, mas após os exames, a doença foi descartada. Contudo, segundo o secretário Wagner Magesty, dificilmente a cidade ficará de fora das estatísticas, sendo necessário o reforço das medidas preventivas.
A varíola dos macacos é uma doença viral transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada. Entre as formas de transmissão estão o contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada e ainda durante o contato íntimo, como sexo ou beijo.
Considera-se como casos suspeito a pessoa que apresentar bolhas na pele de forma aguda e inexplicável e esteja com dor de cabeça, início de febre acima de 38,5°C, dores musculares e no corpo e fraqueza profunda. De acordo com o secretário de Saúde, Pará de Minas está preparada para atender aos possíveis casos, tendo, inclusive, um fluxo já determinado para acolher o paciente.
Ainda segundo Magesty, a expectativa é pela liberação de um medicamento capaz de combater a varíola, mas ainda não há especificações por parte do Ministério da Saúde.
Ainda sobre os casos de varíola dos macacos em Minas Gerais, a secretaria de saúde informou que todos são do sexo masculino, com idades entre 22 e 46 anos, e estão em boas condições clínicas.
