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Especialistas alertam que os protocolos de segurança nas escolas precisam abordar outros aspectos

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O Governo de Minas está disponibilizando para as prefeituras, que assim desejarem, os protocolos de segurança para a rede estadual de ensino. Basta que elas façam a solicitação junto à União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação de Minas Gerais. Os prefeitos que já tomaram conhecimento do conteúdo consideram positivas as medidas, mas defendem a necessidade de propostas mais amplas depois da onda de ameaças de massacres contra escolas.

Já especialistas da área educacional alertam para o risco do protocolo em Minas criar um abismo entre a escola e a sociedade. Segundo entendimento de muitos, é preciso lembrar que cercar a escola do muro para dentro não adianta porque a violência também acontece do lado de fora.

Eles alegam ainda que é preciso um programa que possa integrar a escola e a comunidade. E além de apontarem o problema do distanciamento, ainda chamam atenção para a necessidade de capacitação dos profissionais no enfrentamento das chamadas microviolências, como bullying, e desentendimentos.

A professora Valéria Oliveira, pesquisadora da UFMG, vai além e afirma que as escolas não podem ignorar essas situações do cotidiano, porque se assim o fizerem o problema pode aumentar de tamanho.

Para a especialista, bem mais que adotar novos protocolos ou instalar equipamentos de segurança, é necessário investir em campanhas educativas, porque a violência tem sido resposta para qualquer forma de conflito.

Valéria lamenta o fato de estarmos vivendo numa sociedade que sustenta um discurso de ódio e que acredita que o acesso à arma de fogo pode ser a solução. Embora pareça distante, isso afeta também o ambiente escolar.

E sobre as redes sociais, a Polícia Federal destacou um grupo de policiais para identificar e pedir a suspensão de perfis. A medida foi tomada após o Ministério Público deflagrar uma ofensiva que pode tirar do ar a plataforma que não impedir o compartilhamento de conteúdo com apologia dos ataques às escolas.

O trabalho conjunto está sendo desenvolvido pelas diretorias de Inteligência e Crimes Cibernéticos. Duas redes têm preocupado muito os investigadores – o Twitter e o Telegram – que podem receber multa de até R$12 milhões.

Inclusive, a posição do Twitter já causou mal-estar em reunião do Ministério da Justiça, uma vez que os representantes da plataforma se recusam a tirar do ar conteúdos que fazem apologia a violência.

Foto- Arquivo Rádio santa Cruz FM






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