Comércio lojista, bares, restaurantes e similares, além dos serviços de entretenimento e lazer foram atingidos diretamente pela Onda Roxa do programa Minas Consciente, que também passou a vigorar em Pará de Minas ontem, com a publicação de um decreto pela Procuradoria Jurídica do município.A medida, que visa a contenção do avanço da pandemia de Covid-19 no território mineiro, colocou todo o Estado em alerta máximo. A necessidade de arrocho é uma das consequências do relaxamento da população. O índice de contaminação em Minas cresceu muito nas últimas semanas.
A Onda Roxa é a mais restritiva do Minas Consciente. Ela permite apenas o funcionamento dos serviços considerados essenciais. No comércio, por exemplo, uma loja de tecidos ou uma ótica podem funcionar. Já a loja de roupas e de calçados não pode.Bares, restaurantes e lanchonetes só poderão atender pelo delivery. Nos supermercados e sacolões o atendimento será normal, desde que observadas todas as normas de prevenção ao vírus. O mesmo vale para os bancos e as lotéricas.
Importante ressaltar, no entanto, que nenhuma atividade econômica poderá funcionar depois das oito da noite até às cinco da manhã, salvo serviços de delivery. A Onda Roxa também interfere diretamente na circulação das pessoas. A circulação delas à noite, salvo em caso de necessidade, está proibida.E a norma vale até nas visitas sociais, eventos, encontros e reuniões públicas e privadas. Nada pode acontecer nesse período. Está proibida também a circulação de pessoas, em qualquer horário, nos parques, praças, pontos turísticos e nos demais ambientes públicos de recreação.
Não haverá atendimento presencial nos órgãos públicos, inclusive a prefeitura está disponibilizando seus serviços pelos meios eletrônicos. O prefeito Elias Diniz pede cooperação de todos, dizendo que estamos atravessando o pior momento da pandemia.Segundo ele, a fiscalização será rigorosa. É tolerância zero diante de qualquer abuso, principalmente as aglomerações:
Segundo Elias, a Polícia Militar também vai aumentar a fiscalização, na tentativa de impedir qualquer aglomeração nas ruas:
O decreto terá vigência até 31 de março, podendo ter o prazo estendido se a situação não melhorar. E o governo de Minas incluiu as indústrias de todos os segmentos no grupo de serviços essenciais. Dessa forma, o setor tem liberação para continuar trabalhando durante o período da Onda Roxa. Até terça-feira, apenas setores de produção de itens de saúde estavam incluídos nesse grupo. A mudança surgiu após conversa do governo com a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg).
A entidade conseguiu sensibilizar o governo ao explicar que a interdependência entre os setores industriais tornava todo o processo essencial. Segundo a Fiemg, não se promove um produto industrializado, como um alimento, sem plástico, alumínio e papelão para embalagens, sem rótulos e produtos que compõem o alimento.
Fotos: Arquivo Rádio Santa Cruz FM /Gilmar Souza
