A concessionária Águas de Pará de Minas descartou a possibilidade de desabastecimento de água na cidade. Em entrevista ao JM, o superintendente Rodrigo Macool tranquilizou a população e forneceu informações de como está sendo feito o trabalho para garantir o fornecimento.
Na última semana, muita gente se surpreendeu com a notícia de que a Vale ainda não concluiu a adutora que irá captar água do Rio Pará. A partir daí surgiram questionamentos sobre o risco da falta de água no município, já que desde janeiro do ano passado, Pará de Minas não conta com os recursos hídricos do Rio Paraopeba.
Soma-se a isso o fato de que estamos no período da estiagem, sem previsões de chuva a curto prazo. E com a pandemia da Covid-19 o consumo de água aumentou, pois a higienização é uma das formas eficazes de prevenção ao coronavírus.
A boa notícia, segundo Macool, é que os mananciais que estão abastecendo a cidade estão respondendo bem e caso a situação aperte outros planos serão adotados para evitar o desabastecimento.
O superintendente da Águas de Pará de Minas também avaliou a adutora que está sendo construída pela Vale, explicando o papel da concessionária nesse trabalho.
A adutora que liga o reservatório da Águas de Pará de Minas ao Rio Pará, será responsável pela captação de mais de um milhão de litros por hora. Ela tem 47 km de extensão e é formada por mais de sete mil tubos de 6 a 12 metros de comprimento. Segundo a Vale, a obra custará perto de R$135 milhões.
Conforme estipulado no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado junto ao Ministério Público de Pará de Minas, a mineradora está sendo multada em R$ 100 mil por cada dia de atraso da obra que deveria ter sido entregue no último dia 10 de julho. A população espera que a adutora entre em funcionamento o mais breve possível, pois o fantasma da falta d’água, que ocorreu entre 2013 e 2014, ainda assusta as famílias. O que ninguém quer é reviver aquele pesadelo.
Foto: Arquivo Rádio Santa Cruz FM
