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Assembleia da Coopará decide pelo arrendamento do laticínio

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Em assembleia extraordinária realizada ontem, que teve duração de mais de três horas, cooperados da Coopará – Cooperativa dos Produtores Rurais de Pará de Minas – votaram pelo arrendamento do laticínio, localizado na avenida Presidente Vargas. 

Por 13 votos favoráveis, 20 cooperados ativos e aptos a votar, optaram por essa alternativa ao invés da venda do terreno. Eles também indicaram quatro representantes, sendo dois diretores da Coopergranel e dois diretores da Coapi, com sede em Pitangui, para o acompanhamento e colaboração com a direção da cooperativa nas negociações para o arrendamento.

A assembleia foi considerada um divisor de águas para a Coopará que, ao longo de 74 anos, vive seu pior momento financeiro, com grande montante de dívidas, falta de crédito e ausência de capital de giro. O auge aconteceu entre junho e julho, quando o laticínio suspendeu as atividades por falta de dinheiro.

Segundo apurou o Jornal da Manhã, são mais de R$ 10 milhões em débitos, sendo cerca de R$ 4 milhões em passivo trabalhista. Há funcionários com quase três meses de salários atrasados. Somente em taxa de esgoto, a cooperativa precisa arcar mensalmente com R$ 26 mil.

Nos últimos meses, diante da situação delicada, a Coopará foi procurada por outras cooperativas da região interessadas em uma possível parceria. Uma delas, inclusive, foi a Coopergranel. Contudo, o elevado valor das dívidas e a falta de matéria-prima inviabilizaram o acordo.

Ainda segundo apurou o Jornal da Manhã, a cooperativa também recebeu uma proposta de R$ 27 milhões para venda do terreno e esta informação foi repassada aos cooperados durante a assembleia. Embora seja uma quantia alta, ela ainda está abaixo da avaliação do imóvel, em torno de R$ 35 milhões.

Nas discussões, foi colocado para os cooperados que, com a venda, a Coopará poderia quitar os passivos, conseguindo acordos que reduziriam o valor total, e aplicar o restante em alguma instituição financeira. 

Posteriormente, a assembleia definiria o que seria feito com o dinheiro, que poderia ser rateado entre os cooperados ou investido na construção de um novo laticínio.

Entre tantos argumentos apresentados, de unânime mesmo entre os produtores é que a Coopará não pode acabar. 

A partir da decisão tomada ontem, eles esperam que uma empresa séria possa arrendar a cooperativa e consiga, através de boa gestão, retomar a produção dos tradicionais produtos Coopará, possibilitando, futuramente, a ampliação dela. 

Quanto às dívidas, a diretoria ainda não se pronunciou como serão feitos os pagamentos. Nós procuramos o presidente da cooperativa, Juvenal Franklin Fonseca, mas ele disse que não irá se manifestar neste momento, podendo dar uma entrevista na próxima segunda-feira. 

Foto Ilustrativa: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM







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