Depois de uma terça-feira conturbada, do ponto de vista da informação desencontrada, a Prefeitura de Pará de Minas anunciou, no início da noite de ontem, que todas as atividades econômicas funcionarão normalmente hoje. Isso vai acontecer, segundo o procurador jurídico do município, Hernando Fernandes da Silva, pela ausência de oficialização da Onda Roxa em todo o território mineiro.
O governo estadual não publicou nada ainda no Diário Oficial. Diante disso a prefeitura decidiu adiar o novo decreto. Hernando deixa claro, no entanto, que Pará de Minas vai seguir tudo que for determinado na Onda Roxa e sinaliza que as restrições deverão entrar em vigor amanhã:
Perguntado de que maneira a Prefeitura de Pará de Minas vai fiscalizar o cumprimento das medidas impostas pela Onda Roxa, o procurador respondeu:
A perspectiva de fechamento do comércio tem sido a pior possível em Pará de Minas. O varejo está pagando uma conta que não é dele, pelo menos é assim que pensa a maioria dos comerciantes. As vendas que já estavam em um patamar muito baixo ficarão suspensas por, pelo menos, duas semanas. É aí que mora o risco de demissões e boletos vencendo sem dinheiro no caixa para pagamento das contas e do aluguel.
Até mesmo nas lojas mais populares, caso da Stop 10, onde as mercadorias custam R$10,00, a situação era de grande frustração. A gerente Kátia Aparecida falou conosco:
Nas casas lotéricas o clima também não é bom, porque mesmo podendo funcionar elas estão prevendo queda no movimento, com menos clientes. Mas o gerente Mateus Vilela Camargos entende que o momento precisa ser de restrições:
Já o setor industrial ficou aliviado com a informação de que não deverá ser afetado pela Onda Roxa. A Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) fez um estudo técnico e jurídico sobre a normativa e concluiu que todas as empresas inseridas nesse contexto poderão funcionar normalmente. O resultado da avaliação técnica veio à tona no pronunciamento do presidente da entidade, Flávio Roscoe:
O Governo de Minas ainda não se manifestou sobre o questionamento da Fiemg, mas o que se sabe é que todo o setor industrial continua funcionando normalmente.
Fotos: Rádio Santa Cruz FM/Amilton Maciel
