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Bastidores do pouso do helicóptero de Sílvio Silveira no bairro Raquel: Quem está com a razão? Ele ou a dona de casa?

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O episódio envolvendo o empresário Sílvio Silveira e uma moradora do bairro Raquel, no último domingo, continua rendendo polêmica em Pará de Minas. Sem falar na grande repercussão das redes sociais, com a viralização dos vídeos envolvendo os dois.

O pivô da discórdia foi o pouso do helicóptero de Sílvio Silveira no terreno em frente ao Supermercado BH. Por volta do meio dia, chegando de uma viagem a Campo Belo, o empresário não estava se sentindo bem e pediu ao piloto que descesse no local, que fica a menos de um quarteirão daquela área.

Instantes depois, enquanto o piloto levantava voo, uma moradora próxima protestou contra a poeira e começou a caminhar em direção ao empresário. A câmera do celular passou a filmar tudo.

A dona de casa não economizou nos xingamentos. De acusações sobre os prejuízos que os pousos do helicóptero causam à vizinhança até palavras de baixo calão, se passaram vários minutos.

Em determinado momento o empresário olhou para trás, demonstrando irritação com aquela situação, e se voltou em direção à mulher que continuou xingando. Já bem próximo dela, Sílvio Silveira bateu no celular e o aparelho caiu no chão. Estas imagens foram filmadas por uma testemunha, que preferiu não se manifestar.

Desde então o assunto vem rendendo discussões na cidade e a pergunta que mais se ouve é a seguinte: Quem é a mulher que se rebelou contra o empresário?

Ela se chama Maria José Lobato e mora no bairro Raquel desde criança. Atualmente é responsável por cuidar de dois tios doentes, que vivem em sua casa. Maria José disse ao Jornal da Manhã que os pousos e decolagens do helicóptero já vem de tempos e têm causado problemas para toda a vizinhança.

Como o terreno é de terra, a poeira invade as casas, provocando muita imundície e até problemas respiratórios, como é o caso dos tios dela. E tem outro agravante – o barulho do helicóptero deixa os tios muito assustados:

Maria José reconhece que perdeu a cabeça, mas não é de hoje que está insatisfeita com a situação:

Ao final da entrevista, a moradora disse que espera a compreensão do empresário e mais respeito com a vizinhança do bairro Raquel:

Maria José chegou a procurar a Polícia Militar para registrar um boletim de ocorrência, acusando o empresário de ter jogado o celular dela no chão. Mas acabou desistindo ao perceber que apenas a tela de proteção ficou estragada.

O Jornal da Manhã também ouviu Sílvio Silveira. Ele não quis gravar entrevista, mas forneceu várias informações a respeito. Disse que não sabia da insatisfação que causava, até porque ninguém nunca falou do assunto com ele.

Sílvio afirmou que sempre joga água no terreno para diminuir a poeira e ficou muito triste com o episódio de domingo. Ele reconhece que ficou exaltado quando foi chamado de vagabundo, porque se sentiu muito desrespeitado, e aí bateu no celular dela.

O empresário disse ainda que tem ótima convivência com a vizinhança do bairro Raquel e nunca quis prejudicar ninguém. Lamentou que Maria José não tenha conversado educadamente com ele. E ao final da conversa, afirmou que vai evitar os pousos no bairro Raquel.

O Jornal da Manhã também buscou informações no Aeroclube de Pará de Minas sobre as regras para pousos e decolagens de helicópteros. Segundo informações de instrutores, operação particular como a de Sílvio Silveira em terreno privado – como é o caso do imóvel em frente ao Supermercado BH –  é permitida, bastando que o imóvel tenha capacidade suficiente para o pouso.

O helicóptero de Sílvio Silveira é do modelo Robson 44, com capacidade para quatro lugares. Quanto aos problemas decorrentes da poeira e do barulho, os instrutores afirmaram que esse tipo de situação faz parte da rotina das cidades.

São Paulo, por exemplo, tem o segundo maior tráfego de helicópteros do mundo, ficando atrás só de Nova York. Os voos e pousos acontecem diariamente e em grande volume, tanto nas áreas comerciais como residenciais.

Já segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), locais não registrados ou homologados só podem receber operações aéreas em casos de emergência, como pouso eventual autorizado pelo dono do local ou com autorização do órgão.

Se a operação for irregular, o piloto e o operador da aeronave são responsabilizados administrativamente, podem ser multados e ter seus certificados cassados. Além disso, eles podem responder criminalmente.

Fotos: Myrtes Pereira e Eduardo Franco/Rádio Santa Cruz FM e Reprodução/Redes Sociais




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