Motoristas e proprietários de postos de combustíveis de Pará de Minas continuam repercutindo a decisão da Petrobras de alterar a política de preços da gasolina e do diesel.
A estatal anunciou o fim da paridade de preços com o dólar e o mercado internacional, estratégia que vigorava desde 2016. Através dela, o valor dos produtos para o consumidor brasileiro acompanhava as oscilações internacionais.
Em comunicado, a Petrobras informou que, a partir de agora, usará duas referências de mercado. A primeira é o “custo alternativo do cliente, valor a ser priorizado na precificação".
A outra referência é o “valor marginal para a Petrobras", que, segundo a estatal, é "baseado no custo de oportunidade dada as diversas alternativas para a companhia, dentre elas, produção, importação e exportação do referido produto e/ou dos petróleos utilizados no refino".
Apesar dessas definições, o comunicado não divulgou o cálculo indicando qual será o peso de cada fator na nova composição de preços. Essa situação tem gerado muitas dúvidas entre os proprietários de postos e as distribuidoras, que aguardam mais detalhes sobre quais as regras vão balizar os valores dos combustíveis.
Ontem mesmo o Jornal da Manhã conversou com proprietários de três postos de Pará de Minas. Eles optaram por não se pronunciar ainda sobre a mudança, pois não tinham informações suficientes para embasar um posicionamento.
Certo mesmo é que o objetivo da Petrobras é ter mais flexibilidade para praticar preços competitivos, se valendo das condições de produção e logística. O que não vai mudar é a periodicidade dos reajustes, que continuarão sendo feitos sem um período determinado.
De acordo com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, os novos critérios buscam evitar a longa estagnação de preços – como aconteceu em 2006 e 2007, quando não houve nenhuma mudança nos valores dos combustíveis – e uma quantidade exagerada de reajustes, como ocorreu em 2017, quando houve 118 correções.
Apesar da mudança, Prates afirmou que o cenário internacional continuará sendo uma referência para a petroleira e que a definição dos preços se manterá sem a intervenção do governo federal.
E ainda sobre combustíveis, a Petrobras passa a operar hoje os novos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha. A gasolina A teve redução de R$ 0,40 por litro. Já o diesel A, sofreu uma queda de R$ 0,44 por litro. E para o gás de cozinha, a redução foi de R$ 8,97 por botijão de 13 kg.
As denominações "gasolina A" e "diesel A" se referem ao combustível puro, antes da mistura com álcool e biodiesel, respectivamente. Segundo a petroleira, os novos preços são praticados para as distribuidoras e podem não chegar integralmente ao consumidor final, pois são afetados por outros custos, como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda. A expectativa dos proprietários de postos de combustíveis e revendas de gás de Pará de Minas é que a redução seja praticada a partir de amanhã ou sexta-feira.