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PARÁ DE MINAS EM DESTAQUE

Um assombro: consumidores esvaziam estoque de remédio que custa R$1 mil nas farmácias

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Indicado para o tratamento da diabetes tipo 2, o medicamento Ozempic virou um dos assuntos mais comentados na internet por apresentar, em alguns casos, efetividade no emagrecimento, e como consequência o produto sumiu das prateleiras de parte das farmácias em Pará de Minas.

Produzido pelo laboratório Novo Nordisk, o Ozempic chegou ao Brasil há dois anos. Trata-se de um remédio injetável - composto por uma caneta com uma agulha na ponta – que possui a semaglutida como princípio ativo. Sua ação no corpo é fazer o pâncreas produzir mais insulina, mantendo os níveis de glicose no sangue controlados. 

Mas há cerca de 6 meses, influencers digitais e outras pessoas começaram a compartilhar nas redes sociais depoimentos de que usaram o medicamento para perder peso e conseguiram um bom resultado, alguns, inclusive, com redução significativa em pouco tempo.

A partir daí começou uma busca desenfreada pelo Ozempic, fomentada, também, pelo fato de que não é necessário apresentar receita médica para comprá-lo, ou seja, qualquer pessoa pode chegar na farmácia e solicitar o produto. A ação no emagrecimento está associada ao fato de que ele aumenta a sensação de saciedade, fazendo com que a pessoa sinta menos fome e se alimente menos. 

No final de março, a fabricante chegou a divulgar um alerta sobre o possível desabastecimento do remédio devido à grande procura em todo o país, demanda que não estava prevista pela empresa. E essa falta chegou a Pará de Minas, segundo apurou o Jornal da Manhã. Nós consultamos onze farmácias na cidade, espalhadas em diferentes regiões. Somente três possuem o medicamento no estoque, mas em baixa quantidade e, possivelmente, por pouco tempo: Drogaria Araújo (35 unidades), Rede Inova – loja do centro - (5 unidades) e Drogasil (6 unidades). 

Segundo informações repassadas pelos farmacêuticos, desde janeiro a procura pelo Ozempic disparou e o mercado não tem conseguido atender a demanda com a mesma proporção. Foi revelado que, a cada 10 consumidores que chegam para comprar, 9 admitem que é para o emagrecimento. A faixa etária que mais adquire é entre 20 e 35 anos.

O que mais chama atenção é que não estamos falando de um medicamento de preço popular. Uma unidade custa, em média, R$ 1 mil, e tem capacidade para somente quatro aplicações, ou seja, pode durar um mês. Ainda segundo os farmacêuticos, mesmo sem exigir receita, a maior parte dos usuários chega nas drogarias com alguma receita de nutrólogo ou endocrinologista.

Mas sempre tem aqueles que adquirem sem qualquer indicação médica, simplesmente por terem visto alguém na internet recomendar. 
Especialistas da área da saúde alertam a esses pacientes para a automedicação. No caso do Ozempic, mais indicado para tratamento da diabetes, o uso em excesso pode causar um efeito curioso: desencadear a diabetes, já que o corpo pode deixar de produzir a insulina. 

Foto: Germano Santos/Rádio Santa Cruz FM







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