O mutirão de limpeza realizado nos bairros Recanto da Lagoa e Santa Edwiges, na última sexta-feira, recolheu 20 caminhões de materiais inservíveis. O resultado, divulgado ontem pela Vigilância em Saúde Ambiental, superou as ações anteriores, realizadas nas regiões do São Cristóvão e Santos Dumont.
O que mais chamou atenção dos agentes foi que boa parte dos materiais possuía criadouros do mosquito Aedes aegypti, reforçando a tese de que a maioria dos focos está dentro das residências.
Com os três mutirões realizados, foram recolhidos, ao todo, 45 caminhões de materiais inservíveis de dentro das casas. Esse número, no entanto, poderia ser maior, caso mais pessoas recebessem os agentes de combate a endemias.
Douglas Duarte, coordenador da Vigilância em Saúde Ambiental, avalia que esse é um dos principais obstáculos para tornar o combate à dengue efetivo em Pará de Minas:
Pará de Minas declarou, no final de fevereiro, Situação de Emergência em Saúde Pública por causa da dengue, e uma das ações previstas é que os agentes vistoriem imóveis públicos ou particulares, vagos, desabitados ou abandonados, independentemente de prévia autorização dos proprietários.
O decreto, no entanto, não trata da penalidade diante da recusa do proprietário em receber os agentes. Apesar disso, Douglas Duarte faz mais um apelo para que a população contribua com os trabalhos que são realizados para eliminar os criadouros do mosquito:
Sobre a proliferação rápida e em larga escala do mosquito, o coordenador disse que estamos vivendo um período de sazonalidade, com altas temperaturas e pancadas de chuvas isoladas. Ele listou os bairros com maior número de casos de dengue e focos do mosquito vetor da doença:
A região do Padre Libério, citada por Douglas Duarte, pode ser a próxima área a receber o mutirão de limpeza. A data ainda será confirmada pela Secretaria de Saúde.
