O pão de queijo, feijão tropeiro e a vaca atolada que têm um lugar especial na nossa mesa, poderão se tornar, em breve, um patrimônio da humanidade. Esse é o desejo de um grupo de pesquisadores que iniciou os estudos para tornar a gastronomia de Minas Gerais um patrimônio cultural imaterial do estado e do país, dada sua história e diversidade.
O levantamento deverá ser apresentado, inclusive, à Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) pleiteando para a Cozinha Mineira o posto de Patrimônio Cultural da Humanidade. De acordo com a Agência Minas Gerais, para se chegar a esse objetivo, a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e o Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico vêm realizando pesquisas e juntando todas as informações para solicitar o reconhecimento.
Considerada a alma de Minas Gerais, a nossa cozinha vai além do sabor, partindo para a representatividade do povo e chamariz para o Turismo. De acordo com o secretário, Leônidas Oliveira, a culinária mineira não apenas movimenta uma imensa cadeia produtiva, mas também tem base sólida na agricultura familiar, que considera fundamental como instrumento para a valorização dos produtores, preservação da tradição e desenvolvimento sustentável.
Diante disso, o estado pretende elaborar também o Atlas da Cultura Alimentar de Minas Gerais, que deverá detalhar os alimentos e modos de fazer que são a base da cozinha mineira. É importante lembrar que o olhar para os sabores da Cozinha Mineira já faz parte de ações de reconhecimento dos bens culturais imateriais há bastante tempo.
Em 2002 o Iepha registrou o Modo de Fazer o Queijo Artesanal da Região do Serro, que se tornou o primeiro registro do tipo no país. Desde então tem sido crescente a busca pela preservação do patrimônio imaterial.
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