O Governo Federal pretende mexer em um dos principais pontos da Reforma Trabalhista de 2017, trazendo de volta a contribuição sindical obrigatória para os trabalhadores.
A contribuição era paga pelo trabalhador uma vez por ano e correspondia à remuneração de um dia normal de trabalho. Este dinheiro era destinado à manutenção dos sindicatos e federações para representação das classes profissionais a que dedicavam.
O possível retorno do tributo agrada em cheio os dirigentes sindicais, entre eles Tânia Valeriano Leite, que está à frente do Sindicato dos Servidores Públicos de Pará de Minas.
Na avaliação dela, o retorno do apoio financeiro pode representar o fortalecimento do movimento sindical, que terá melhor estrutura para defender os interesses dos trabalhadores.
Tânia conta que, quando assumiu a presidência do sindicato, a falta do suporte financeiro foi o maior obstáculo para manter a entidade. Foi preciso remodelar todo o trabalho a fim de garantir a manutenção da entidade.
Todos os sindicatos tiveram dificuldade para manter as portas abertas, inclusive muitos encerraram as atividades. A nova proposta do Ministério do Trabalho é que a contribuição sindical seja vinculada aos acordos de reajuste salarial que tenham mediação dos sindicatos. Será fixado um teto para a taxa de até 1º do rendimento anual, a ser descontado na olha de pagamento. O governo federal pretende apresentar a proposta ao Congresso Nacional agora em setembro.