A Agência Reguladora dos Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento (Arsap) de Pará de Minas explicou os índices e critérios levados em consideração para autorizar o reajuste de 19,51% na conta de água a partir de 2022. A atualização da tarifa passa a valer em janeiro, portanto, os novos valores serão calculados nas contas a serem pagas a partir de fevereiro do ano que vem.
O reajuste anual está previsto no contrato firmado entre o Município e a concessionária Águas de Pará de Minas, assinado em 2015. A empresa realiza cálculos de tarifas e serviços complementares, apresenta um índice de correção à Arsap que, por sua vez, fica responsável pela análise e autorização.
No ano passado, por causa da pandemia da covid-19, não houve reajuste à população, a partir do entendimento entre prefeitura e concessionária diante das dificuldades econômicas imposta pelo vírus à sociedade. Mas os custos da empresa encareceram bastante, o que justificou a apresentação de uma atualização de quase 20%, mais do que o dobro das últimas executadas.
Segundo o presidente da Arsap, André de Lima Rufino, o que pesou na conta foram os índices de preço do petróleo, energia elétrica e produtos químicos. Em entrevista ao Jornal da Manhã, ele deu mais detalhes sobre o assunto:
Ainda segundo André Rufino, os critérios para o reajuste não são elaborados pela Arsap. É uma situação já estabelecida no contrato entre a Águas de Pará de Minas e a prefeitura:
Apesar do reajuste de quase 20% na conta de água, o presidente da Arsap fez uma comparação com índices da Copasa, informando que a correção ainda é inferior à cobrada pela estatal:
O Jornal da Manhã tentou ouvir a Águas de Pará de Minas sobre o assunto. A concessionária confirmou o reajuste, mas não quis se pronunciar neste momento. Fato é que a empresa deverá comunicar os consumidores, com 30 dias de antecedência, sobre o reajuste da tarifa.
