Após o reajuste do preço do óleo diesel, a situação das empresas do transporte público foi parar na UTI. Essa definição é do superintendente da Turi em Pará de Minas, Djalma Rocha Júnior, que concedeu entrevista ao Jornal da Manhã para falar do futuro do serviço na cidade.
Se a saúde financeira das empresas já era deficitária, agora com o aumento significativo do preço de uma despesa tão fundamental, o problema ganhou uma proporção muito maior, colocando em cheque a sobrevivência do setor.
O reajuste no preço do litro do diesel, em vigor desde o dia 11, foi superior a 24% nas refinarias da Petrobras, quase R$1,00 a mais do que vinha sendo praticado. A decisão da petrolífera foi justificada na elevação dos patamares internacionais do petróleo, impactados pelo conflito entre Rússia e Ucrânia.
Em Pará de Minas, o aumento do diesel foi mais que um banho de água fria para a Turi. Segundo Djalma, significou também a espera por investimentos na prestação do serviço já que as despesas serão fortemente impactadas, embora ele não tenha revelado previsão de valores. Djalma demonstrou muita preocupação com a nova realidade e disse que o transporte público precisa de atenção urgente do poder público.
Esse respaldo mencionado pelo superintendente diz respeito a um subsídio dos governos, seja federal, estadual ou municipal, para ajudar no custeio das despesas da operação. Com baixa demanda, gratuidade de muitas passagens e custos elevados, a empresa não vê alternativa para evitar o repasse dos aumentos aos usuários e, por isso, pede ajuda.
Apesar dessa situação, a Turi ainda não fala em reajuste no preço da passagem de ônibus em Pará de Minas, que está sendo cobrada a R$ 3,50. O superintendente também não comentou a redução das linhas e aguarda qual será o verdadeiro impacto do aumento do preço do diesel para tomar decisões.
Fotos: Arquivo Rádio Santa Cruz FM
