Depois de passar seis meses trabalhando em casa, por causa da pandemia da Covid-19, muitos profissionais estão enfrentando a chamada síndrome da reentrada, causada pela volta das atividades presenciais. Essa situação tem afetado trabalhadores do mundo inteiro e não é diferente aqui em Pará de Minas.
O Jornal da Manhã já soube de casos preocupantes como de M.F.S., de 40 anos, que recebeu comunicado da empresa para reassumir a sala em que trabalha há vários anos. Ela disse que foi surpreendida, pois esperava continuar em home office até a chegada da vacina no mercado nacional. M.F está sem dormir desde sábado, em pânico, com medo de ser infectada pelo vírus na ida para o trabalho, no transporte coletivo, ou mesmo na empresa onde trabalham 30 pessoas.
A situação dela é apenas uma das muitas registradas por aqui. Além da angústia, do medo e outros sentimentos, tem o afrouxamento do distanciamento social e esse “novo normal” está assustando muito. O Jornal da Manhã conversou sobre o assunto com o psicólogo Juarez Matos e ele disse que essa nova realidade mundial tem afetado milhões de pessoas. É que nem todo mundo consegue ficar tranquilo ao sair de casa para trabalhar diante da pandemia que continua matando muitas pessoas.
A dica do especialista é que ninguém se culpe se estiver sentindo assim. Não se pode comparar uma pessoa com a outra. O autojulgamento dificulta a situação e pode até mesmo agravar os sintomas. Como os trabalhadores precisam seguir a regra das empresas onde trabalham, eles não podem se ausentar das atividades presenciais. No entanto, podem falar sobre como estão se sentindo e começar aos poucos.
Juarez assegura que também ajuda muito no processo de readaptação a pessoa recordar da rotina de antes do isolamento, pois a lembrança das coisas boas pode ajudar no retorno agora. E para o caso de quem está tentando de tudo e ainda não abandonou o medo, o caminho deve ser então a ajuda profissional.
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