Sem trabalhar a quase um ano, motoristas de vans escolares estão buscando outras atividades para garantir o sustento da família. Há registro até de profissionais que se tornaram servente de pedreiro, entregadores de mercadorias e vendedores.
Enquanto isso as vans ficam paradas, com as prestações dos financiamentos se avolumando. O retorno das atividades vai depender da reabertura das escolas e do andamento da vacinação prevista para começar na semana que vem.
Em Pará de Minas são mais de 90 alvarás destinados ao transporte escolar que já deveriam ter sido renovados. Só que sem aulas, não faz sentido a atualização do documento na prefeitura. Esse é o entendimento do motorista Itelmaia Soares, líder da categoria.
Segundo ele, nenhum dos motoristas tem condições de pagar agora pelo alvará que não teve qualquer utilidade em 2020. Ele tem conversado sobre o assunto com os vereadores, na expectativa de conseguir apoio da Câmara para a manutenção dos alvarás pelos próximos 12 meses:
Como o recesso da Câmara ainda não terminou, os motoristas vão adiar a visita à sede do Legislativo. Mas a preocupação deles aumenta muito, com o estresse e até a depressão de alguns.
Já teve até quem vendesse o veículo, por causa do sufoco financeiro. E existe o risco de insuficiência de profissionais credenciados para fazer o transporte dos alunos quando as escolas voltarem com as aulas presenciais.
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM
