Mesmo com todos os alertas sobre os riscos do descarte irregular de materiais perfurocortantes, novos incidentes voltaram a preocupar os trabalhadores da limpeza urbana em Pará de Minas.
Dois casos graves envolvendo seringas e agulhas descartadas de forma incorreta foram registrados nos bairros Belvedere II e Santos Dumont, reforçando o problema que coloca em risco direto a saúde dos garis e dos varredores.
No Belvedere II, o caso ocorreu no momento em que os trabalhadores recolhiam os sacos de lixo domiciliar. Eles encontraram várias seringas com agulhas expostas, algumas delas contendo sangue fresco, o que representa risco de contaminação por doenças graves.
O fiscal da Engesp foi acionado e a equipe chegou a percorrer as casas próximas, conversando com moradores e comerciantes, mas ninguém soube informar a origem das seringas. Por segurança, o material foi isolado, recolhido e encaminhado para o descarte hospitalar adequado.
Já no bairro Santos Dumont, a situação envolveu o trabalho das varredoras. Enquanto realizavam a limpeza das ruas, elas encontraram agulhas jogadas no chão, misturadas à sujeira acumulada na via.
A coordenadora da Engesp, Denise Alves, se mostra preocupada. Ela destacou que, além do risco de perfuração, o descarte em via pública amplia a exposição dos trabalhadores e de outras pessoas que circulam pelo local.
Denise também lamenta o fato desse tipo de ocorrência continuar acontecendo. Além do medo constante dos trabalhadores, alguns já precisaram passar por protocolos de saúde rigorosos após acidentes com perfurocortantes, incluindo exames frequentes, medicação preventiva e acompanhamento prolongado, procedimentos que, segundo ela, são invasivos e desgastantes.
Ela reforça o pedido de colaboração da população para identificar quem está fazendo esse tipo de prática, para que a empresa e os órgãos competentes possam tomar providências.
Ela também orientou sobre a forma correta de descartar agulhas e seringas utilizadas em casa.
Para evitar novos problemas, Denise reforça a importância de colocar o lixo para fora apenas nos dias e horários corretos da coleta. Além de facilitar o trabalho das equipes, essa prática reduz o risco de que materiais perigosos possam ser depositados junto ao lixo comum e evita que acidentes se tornem ainda mais frequentes.
Foto: Ronni Anderson/Rádio Santa Cruz FM