O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE) não descartou novos atos para reivindicar melhorias aos servidores da rede estadual de ensino.
Na última quarta-feira, a entidade promoveu uma mobilização em Belo Horizonte para cobrar dos deputados estaduais e do governo mineiro a votação do projeto de Lei que prevê o reajuste do piso salarial, a valorização e o pagamento imediato das movimentações de carreira.
A manifestação resultou na paralisação das atividades em muitas escolas estaduais de Minas Gerais, inclusive em Pará de Minas.
A pauta principal dos trabalhadores é sobre o reajuste nos vencimentos. Em janeiro, o Ministério da Educação atualizou o piso da categoria para R$ 4.420,55, um acréscimo de 14,95%, para jornada de até 40 horas semanais.
Já em Minas, o governo protocolou um projeto na Assembleia Legislativa propondo a correção do piso em 12,84%, alegando que o índice é proporcional à carga horária de 24 horas semanais desempenhada no estado.
De acordo com Rondinelli Alves, diretor da subsede do Sind-UTE em Pará de Minas, a categoria não concorda com a alegação de proporcionalidade. O motivo é a existência de uma lei que trata sobre o assunto.
Apesar de discordar da proporcionalidade, o Sind-UTE defende a aprovação do projeto com o reajuste proposto pelo governo de Minas por considerar que o salário dos professores já está defasado em quase 50%.
Questionado sobre a adesão dos professores que atuam na rede estadual em Pará de Minas nas mobilizações do Sind-UTE, Rondinelli disse que ficou surpreso com a boa participação na última semana.
O Sind-UTE ainda não divulgou a próxima manifestação em Minas Gerais. A entidade tem sido representada no âmbito político pela deputada Beatriz Cerqueira. Com relação ao projeto de Lei que estabelece o novo piso salarial dos educadores, ainda não há uma previsão de quando ele será votado em plenário na Assembleia Legislativa.