O caso da ração contaminada, que levou à morte de 245 cavalos em quatro estados brasileiros, foi classificado como inédito pelo Ministério da Agricultura e Pecuária. A investigação aponta que a causa do surto está na falha do controle de qualidade da matéria-prima utilizada, que apresentava resíduos de plantas do gênero crotalária.
Essas plantas produzem uma substância tóxica capaz de provocar graves danos neurológicos e hepáticos, mesmo em pequenas quantidades.
As mortes foram registradas em propriedades de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Alagoas. Em todos os casos, os animais afetados consumiram ração fabricada pela empresa Nutratta, com sede em Goiás.
O Ministério da Agricultura lavrou auto de infração contra a empresa e determinou, inicialmente, a suspensão da produção e comercialização da ração para equinos. Posteriormente, a medida foi ampliada para rações de todos os tipos de animais. No entanto, uma decisão judicial limitou a proibição apenas aos produtos destinados a cavalos.
O governo já recorreu da decisão e informou que continua com ações de fiscalização intensificadas, além de solicitar o recolhimento integral do lote contaminado.
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