O prefeito Elias Diniz representou Pará de Minas na reunião virtual promovida pelo governador Romeu Zema com os municípios atingidos pela tragédia de Brumadinho, em janeiro de 2019, quando houve o rompimento de uma barragem de rejeitos da mineradora Vale.
Também participaram do encontro secretários estaduais do Meio Ambiente, Agricultura e Governo, além de representantes do Ministério Público de Minas Gerais. A tônica das conversações foi a destinação dos R$37 bilhões decididos no acordo que vai bancar os prejuízos da tragédia ambiental.
Desse total, cerca de R$2,5 bilhões serão destinados aos 23 municípios que fazem parte da calha do Rio Paraopeba, que ficou totalmente poluído. Foi anunciado que Pará de Minas terá direito a receber R$83 milhões, o que corresponde a 15% do montante.
Como a Vale vai disponibilizar os recursos gradativamente, ficou acertado que a primeira fatia da liberação para os 23 municípios será R$13.324 milhões. A mineradora ficará responsável pela execução dos projetos que serão apresentados pelos municípios.
O prefeito Elias Diniz não perdeu tempo e anunciou na reunião mesmo as suas pretensões:
Elias também chegou a sugerir ajuda aos municípios da calha do Paraopeba que não dispõe de equipe técnica a realização de projetos:
O prefeito Elias Diniz também fez um alerta na reunião. É que os custos operacionais das obras realizadas pela Vale são bem mais altos que o valor de mercado. Dessa forma ele espera que o Governo de Minas crie um parâmetro de avaliação, evitando que as obras sejam executadas por valores exorbitantes.
Além dos R$83 milhões, que serão liberados através do acordo firmado entre o Governo de Minas e a Vale, Pará de Minas ainda terá direito a receber cerca de R$21 milhões decorrentes da multa diária, no valor de R$100 mil, pelo atraso na entrega da adutora do Rio Pará. Foram sete meses de atraso.
Foto: Prefeitura de Pará de Minas