A greve dos caminhoneiros, articulada por entidades da categoria, não retratou a insatisfação dos motoristas, sobretudo com o alto preço do diesel e o não cumprimento da tabela do frete. Isso porque a movimentação foi bem fraca, com pouquíssimos pontos de paralisação.
Em Minas, por exemplo, foram registradas somente cinco manifestações, sendo que duas delas aconteceram na MG 050 e na BR 494, em Divinópolis. O Ministério da Infraestrutura e a Polícia Rodoviária Federal monitoraram o movimento o dia todo e no começo da noite informaram que não havia qualquer ponto de retenção total ou parcial nas rodovias federais do país.
A avaliação do ministro Tarcísio de Freitas é que a greve fracassou, mas deixou lições. Segundo ele, os caminhoneiros mostraram que estão ganhando maior consciência da realidade do mercado e que a tentativa de uso político do movimento acabou culminando com a baixa adesão.
O ministro afirmou também que desde o início do governo mantém diálogo com a categoria e que, mesmo descentralizados, o caminhoneiro está buscando uma profissionalização, por meio de associações e cooperativas. Tarcísio disse ainda que nas conversas que mantém com "os trabalhadores do volante" há uma tentativa de mostrar que o governo não pode atender todas as reivindicações, mas que busca auxiliar a categoria.
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