Repercute em todo o estado a assinatura do contrato de concessão do Rodoanel da Região Metropolitana de Belo Horizonte. O ato ocorreu na Cidade Administrativa envolvendo o Governo de Minas e o grupo italiano INC S.P.A, que será responsável pela execução da obra.O Rodoanel é considerado a cereja do bolo do governador Romeu Zema para as melhorias da mobilidade urbana na Região Metropolitana da capital mineira, composta por 34 municípios.
Serão construídos aproximadamente 100 km de malha rodoviária, incluindo quatro alças (Norte, Oeste, Sudoeste e Sul). Ele passará por 11 cidades: Sabará, Santa Luzia, Vespasiano, São José da Lapa, Pedro Leopoldo, Ribeirão das Neves, Contagem, Betim, Belo Horizonte, Ibirité e Nova Lima.
De acordo com o governo mineiro, será uma rodovia de alto padrão técnico, com duas faixas por sentido, acostamento ao longo de todo o trecho e canteiro central expandido. A via terá total controle de acessos para evitar o adensamento populacional nas margens.
Mesmo não passando por Pará de Minas, o Rodoanel poderá beneficiar a cidade, segundo avaliação de Ramon Diniz Faria, assessor técnico da Associação Mineira dos Municípios (AMM).É que existe a expectativa de uma redução entre 30 a 50 minutos no tempo gasto hoje para fazer o mesmo trajeto.
O projeto está orçado em mais de R$ 5 bilhões e será custeado através de Parceria Público-Privada (PPP). O Governo de Minas fará o aporte de mais de R$ 3 bilhões, montante proveniente do Acordo Judicial assinado com a Vale, em decorrência do rompimento da barragem de Brumadinho. Já os italianos irão custear o restante.
Apesar dos benefícios apontados pelo governo estadual, algumas prefeituras já demonstraram insatisfação com o projeto, caso do prefeito de Betim, Vittorio Medioli, e da prefeita de Contagem, Marília Campos. Eles não concordam com o traçado do projeto, alegando potenciais prejuízos sociais e ambientais.
Foto: Ilustrativa/projeto
