O agronegócio continua sendo o setor mais forte da economia de Pará de Minas e passou a enfrentar o agravamento de uma situação que se arrasta há tempos - a dificuldade de contratação de mão de obra para o campo.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Pará de Minas e Região, Vicente Geraldo Rabelo Moreira, nem mesmo as boas ofertas de emprego estão sendo suficientes para atrair os trabalhadores, que preferem tentar uma oportunidade na área urbana.
Há quase uma década à frente da entidade, ele afirma que especialmente os mais jovens, estão desinteressados pelas vagas em fazendas ou indústrias localizadas na zona rural.
Vicente acredita que esse cenário será evidenciado nos resultados do Censo Demográficoque, entre outras informações do meio rural, detalhará a quantidade de pessoas, média de idade e como elas estão vivendo nessas regiões.
Em 2015, por exemplo, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), feita pelo IBGE, mostrou que, na região Sudeste, mais de 93% da população vivia nas áreas urbanas.
Essa migração dos trabalhadores para as áreas urbanas, conhecida como êxodo rural, é um movimento que se intensificou a partir da década de 1970 com o processo de urbanização das cidades brasileiras.
Apesar da mecanização de boa parte das produções agrícolas, Vicente Moreira acredita que a tecnologia não é o bastante para o desenvolvimento do agro, já que a capacidade humana também é essencial no serviço.
Ele espera que as empresas continuem tornando as ofertas mais atrativas para o trabalhador e vê com bons olhos a ampliação do acesso à internet a mais comunidades rurais, o que também pode atrair o interesse dos trabalhadores.
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM e Ilustrativa: Reprodução/pixabay.com
