O aumento do preço do diesel tem preocupado não só os especialistas em economia, mas os trabalhadores que dependem do combustível para desempenhar suas atividades.
Entre os mais prejudicados estão os motoristas de caminhão, que são os maiores responsáveis pelo escoamento de produção dos mais diversos setores produtivos do país.
O sindicalista Francisco Ferreira Borges, presidente do Sindicato dos Rodoviários de Pará de Minas, diz que a classe anda muito insatisfeita com os aumentos, incompatíveis com o preço do frete.
E apesar de ainda não haver nada oficial, Francisco não descarta a possibilidade de uma paralisação da classe, na tentativa de pressionar as autoridades para que sejam apresentadas soluções para a questão dos combustíveis.
Francisco Borges lembra que as reclamações se concentram mais entre os autônomos, já que os motoristas fichados têm menos responsabilidades em relação à manutenção dos veículos. Ainda assim, ele percebe que as empresas de transporte já mostram descontentamento com o aumento no preço.
A alta do diesel também vai refletir no dia a dia dos trabalhadores, especialmente nos preços dos produtos vendidos em supermercados e nos sacolões de hortifrutis.
E em meio à alta nos postos, o preço do diesel deve ter novo aumento a partir de hoje, com a volta parcial dos impostos federais. A estimativa é que o litro do combustível fique R$ 0,10 mais caro nas distribuidoras, mas esse aumento pode ter reflexo imediato nas bombas.
A estimativa é da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis) e da Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes).
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