Estelionatário se faz passar por cliente rico, engana donos de imobiliárias e rouba joias em Pará de Minas. O caso inédito na cidade aconteceu há alguns meses, mas somente agora se tornou conhecido. O golpe vitimou três proprietários de imobiliárias, que mesmo com muitos anos de experiência se deixaram levar pelo profissionalismo dele.
Nesta reportagem nós não vamos expor os nomes das vítimas, já que o objetivo é apenas alertar os demais profissionais da área e a população geral. Muito bem vestido e usando celular de última geração o estelionatário se apresentou em uma imobiliária da cidade à procura de uma casa com valor superior a R$1 milhão. Disse que a família estaria de mudança para cá, por questões profissionais.
Imediatamente o proprietário da imobiliária agendou visitas aos imóveis disponíveis, inclusive, chegou a fazer contato com dois amigos que também tinham imóveis nesse valor para venda. As visitas começaram e o falso cliente anotava cada detalhe que considerava importante, sempre demonstrando muito interesse. Percorria com atenção todo o interior dos imóveis, sempre acompanhado do corretor.
De repente, quase na saída, ele fazia uma ligação telefônica e passava a conversar com uma pessoa, que parecia a esposa. A partir desse momento, como que respondendo a algumas perguntas dela, voltava a determinados locais, preferencialmente no segundo andar, onde costuma ficar a ala dos quartos.
Por questão de educação, os corretores mantinham distância dele, constrangidos de ouvir a conversa telefônica, e aguardavam o seu retorno. O falso cliente então retornava minutos depois, trocava cartões de visitas e informava que daria a resposta mais tarde. Com um dos donos de imobiliária ele chegou até a almoçar em um restaurante da cidade e foi o único momento em que tirou a máscara.
Depois veio a constatação, inclusive através das câmeras de segurança. Quando ele voltava aos cômodos, como se fosse para responder a perguntas da pessoa que estaria do outro lado do telefone, roubava joias. De uma casa levou cerca de R$30 mil e da outra, um pouco mais de R$ 6 mil. O caso foi parar na Polícia Civil que já identificou o estelionatário, mas ainda não tem pistas de seu paradeiro.
