A Prefeitura de Pará de Minas recolheu 11 caminhões de materiais inservíveis no mutirão de limpeza realizado ontem na região do bairro São Cristóvão. A iniciativa fez parte das ações de combate à dengue e chikungunya, e teve o objetivo de eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti.
O mutirão foi executado pelas equipes das secretarias de Saúde; Obras e Infraestrutura; Agronegócio, Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente. Além do São Cristóvão, também foram recolhidos objetos nos bairros Redentor, Jardim América, Várzea da Posse e Conjunto Habitacional José Pereira Campos.
A escolha desses locais se deu pela grande quantidade de notificações de casos prováveis de dengue e chikugunya, e o resultado do mutirão ajudou a explicar o porquê do cenário de incidência elevada.
A quantidade de materiais assustou até mesmo quem estava na linha de frente do combate ao mosquito, segundo declarou Douglas Duarte, coordenador de Vigilância em Saúde Ambiental.
Pela manhã, agentes de combate a endemias passaram nas casas pedindo aos moradores para retirar materiais que acumulam água, móveis e equipamentos eletroeletrônicos inservíveis. Num segundo momento, os caminhões recolheram o volume descartado pelos moradores. Douglas Duarte disse que boa parte dos objetos era descartável, e a separação foi feita durante o recolhimento para dar destinação correta.
Moradora do bairro São Cristóvão, Daniela Mariana Melais Pereira também ficou impressionada com a quantidade de materiais recolhidos. Daniela, que já trabalhou como agente de combate a endemias, fez um apelo à comunidade para manter os quintais limpos a partir de agora.
Novos mutirões de limpeza serão realizados na cidade, a partir de março, mas o cronograma de ação ainda não foi divulgado pelo órgão. A prioridade vai recair sobre os bairros com maior número de notificações das doenças transmitidas pelo mosquito.
E a Secretaria Estadual de Saúde atualizou o boletim epidemiológico da dengue em Minas Gerais. Os dados mostram que o número de mortes causadas pela doença neste ano é 500% maior que o registrado no mesmo período de 2023.
O boletim informa ainda que foram 18 mortes confirmadas entre 1º de janeiro e 15 de fevereiro. Já entre 1º de janeiro e 13 de fevereiro de 2023, foram três mortes. Outros 100 óbitos continuam em investigação.
A explosão do número de casos confirmados é ainda maior, chegando a quase 700%. Já em relação à febre chikungunya, até o momento, tem um óbito confirmado e 13 em investigação. Não há óbitos confirmados por Zika nos municípios mineiros.
Fotos: Ascom Prefeitura Municipal de Pará de Minas
