As perdas na lavoura, provocadas pelo alto índice de chuvas, continuam impactando o bolso do consumidor. Com os preços nas alturas, as visitas ao açougue ou supermercado estão mais desafiadoras.
E depois de mudar todo o cardápio, substituindo proteínas ou optando por marcas de produtos mais em conta, chegou a vez de o consumidor criar uma estratégia até para montar a salada.
A baixa produção e o consequente desaparecimento dos produtos nas distribuidoras, impactam o preço final, assustando até empresários experientes como Amauri Silveira, proprietário de um sacolão em Pará de Minas.
Normalmente esse é um período de alta nos preços, mas dessa vez os índices têm chegado a patamares alarmantes.
O resultado do aumento expressivo dos preços é, sem dúvida, a redução nas vendas. Segundo Amauri, além de pesquisar muito antes de comprar, os consumidores têm reduzido as listas, reduzindo as vendas em mais de 30%.
Entre os itens que têm desaparecido das bancas, destaque para as verduras. E quando elas aparecem, são de baixa qualidade e têm preços assustadores. O pé de alface, por exemplo, chega a custar R$4,00.
A escalada de preços também pode ser observada na batata que passou de R$2,98 para quase R$5,00 o quilo. O quiabo está sendo vendido a R$10,00 e o jiló a R$12,00, o que também impressiona os consumidores.
Ataíde Silva passou a correr atrás das promoções para manter os legumes, verduras e frutas no cardápio da família.
Empresários do ramo de hortifrutis e mesmo os produtores rurais da região sustentam que a alta nos preços é temporária, em questão de dias a situação deve ser normalizada. Mas tudo vai depender da movimentação da economia e do clima, já que esses dois fatores são determinantes para os preços que chegam ao consumidor final.