Uma das principais consequências da Covid-19 foi provocar no brasileiro o sentimento de incerteza. Por ser um vírus novo e com tantas indefinições sobre a cura, é impossível prever quando a pandemia chegará ao fim de forma definitiva, e esse ponto de interrogação gera reflexos negativos, sobretudo no campo da economia.
Qual será o tamanho do prejuízo para o Brasil? Será que o país vai quebrar? Até quando o governo terá condições de ajudar a população com os programas assistenciais? Essas são algumas das perguntas feitas diariamente pelas pessoas realmente preocupadas com o futuro da nação.
O Jornal da Manhã conversou sobre o assunto com o economista Eduardo de Almeida Leite que admite nunca ter vivenciado crise parecida em seus anos de experiência. O efeito cascata da pandemia foi sentido rapidamente no Brasil e com a redução e até o fechamento de empresas, aumentou o número de desempregados.
A partir disso, o comércio vendeu menos, já que as pessoas perderam renda. Eduardo Leite cita o exemplo da Taxa Selic, que chegou ao menor patamar da história para fomentar o consumo.
No final de junho o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o Brasil vai surpreender analistas ao sair da crise mais rápido que o esperado. Eduardo Leite acredita que realmente o Brasil tem condições de se recuperar de forma ágil, mas será necessário um trabalho conjunto do Congresso Nacional para que os bons resultados cheguem o quanto antes.
O economista também acredita que o Brasil não vai “quebrar”, mas admite que as contas públicas apresentarão expressivo déficit no final do ano, devido aos gastos que o governo está tendo para enfrentar a pandemia.
Ainda de acordo com Eduardo Leite, a economia ganhará mais fôlego a partir do momento em que a população for vacinada, dando mais segurança para os investimentos públicos e privados. Assim como o mundo todo, ele espera que o imunizante seja descoberto rapidamente e que a aplicação seja iniciada ainda neste ano.
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM
