O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) está convocando pecuaristas que não vacinaram o rebanho contra a febre aftosa para atualizarem o cadastro junto ao órgão estadual.
O chamamento é referente à segunda etapa da campanha de 2022, realizada entre dezembro e janeiro deste ano. O objetivo da atualização é regularizar a situação do produtor perante o IMA.
O escritório seccional de Pará de Minas conseguiu superar as metas de vacinação da aftosa, com quase 98% dos bovinos e 97% dos bubalinos imunizados.
Mas cerca de 70 criadores não cumpriram a obrigação e estão sujeitos a diversas restrições. O chefe da repartição, Lucas Silva Jardim, falou conosco:
As infrações citadas por Lucas Jardim são duas. A primeira se refere à multa para o produtor que não vacinou o rebanho – neste caso, a penalidade é de R$ 98,60 por animal não imunizado. E a segunda infração diz respeito ao pecuarista que não declarou a vacinação, cuja multa é de R$ 19,72 por cabeça.
O fim da campanha contra a febre aftosa é fruto de uma decisão técnica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Organização Mundial de Saúde Animal. Ela faz parte de um processo de transição para que Minas se torne uma zona livre de aftosa com vacinação para zona livre da doença sem vacinação.
Ainda não há data prevista para o estado alcançar o novo status sanitário. O próximo passo é cumprir outros quesitos fundamentais para poder pleitear junto à Organização de Saúde Animal a condição almejada.
Para o estado, esse reconhecimento melhora a cadeira produtiva, pois parceiros comerciais reconhecem a eficiência da defesa sanitária no território, garantindo qualidade e sanidade dos produtos. Além disso, tem a questão financeira com a retirada da vacina.
Estimativas apontam uma economia anual em torno de R$ 700 milhões para a pecuária mineira, considerando os gastos com os imunizantes, pessoal para aplicação e as perdas na produção, devido à imunização das fêmeas leiteiras.
Fotos: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM
