A morte de um motorista de transporte por aplicativo em Ribeirão das Neves, na Grande BH, deixou a categoria ainda mais insegura quanto à violência que ameaça os bens materiais e a vida dos profissionais.
Roniele dos Santos Rodrigues, de 35 anos, foi morto a facadas no bairro Jardim Verona. O autor do crime, de 24 anos, tentou fugir, mas foi contido por moradores dentro de um condomínio na região. Ele disse à Polícia Militar que foi abusado pela vítima e que portava a faca para defesa pessoal.
Ainda de acordo com a PM, Roniele era casado e tinha três filhos. Sua atividade principal era caminhoneiro, mas trabalhava como motorista de aplicativo para complementar a renda familiar.
O fato comoveu motoristas que atuam nas plataformas em Pará de Minas. André Cândido, que trabalha na área há 4 anos, disse que a morte do colega aumenta a insegurança a cada viagem realizada, independentemente do horário do dia.
Outro condutor, Ricardo Mendonça, trabalha há 3 anos transportando passageiros via aplicativo. Revoltado, ele pediu leis mais duras para coibir a criminalidade contra os profissionais.
A morte de Roniele Rodrigues tem repercutido em todo o Estado e foi motivo para um protesto de motoristas em Belo Horizonte na última quarta-feira. O Sindicato dos Condutores de Veículos por Aplicativo de Minas Gerais (Sicovap-MG) pediu mais apoio das plataformas, alegando que os usuários sabem várias informações sobre o motorista antes de solicitar uma corrida, mas o mesmo não acontece com os condutores.
A entidade ainda orientou a população a não pedir corridas no aplicativo para terceiros, pois podem ser criminosos que não querem abrir conta nas plataformas, o que dificulta a identificação caso seja necessária. Pará de Minas hoje conta com seis aplicativos de transporte que envolvem mais de 200 motoristas.
Fotos: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM e Ilustrativa: Reprodução/pixabay.com
