O isolamento social que já está com mais de cinco meses continua trazendo problemas para as crianças. Pediatras de Pará de Minas passaram a conviver mais de perto com situações que mostram as consequências psicológicas decorrentes da quebra da rotina dos menores.
A ausência das aulas nas escolas e a restrição de visitas a parentes e amigos, dentre outras mudanças, causaram alterações no comportamento das crianças e a situação é geral no país.A mais comum delas foi a oscilação de humor, citada por 75% dos médicos. O que antes era uma rotina bem estruturada, virou uma sequência de experimentações.
Daí o novo alerta para as famílias que, mais do que nunca, precisam criar fatores de proteção para a criança e eles começam pela criação de uma rotina em casa. Diante disso, a Sociedade Brasileira de Pediatria divulgou um manual de orientação com dicas de convivência saudável. A primeira delas passa pela divisão das tarefas do lar.
Os pequenos devem ser envolvidos nos cuidados do dia a dia. Também é preciso discutir o papel de cada adulto para ajudar os pequenos a lidar com o estresse. Deve ser ensinado às crianças de forma lúdica a necessidade de higiene, mesmo após a pandemia. Os pais devem conversar com os filhos sobre os desafios da pandemia de Covid-19, mas é importante usar uma linguagem simples e de forma tranquila.
Quem tem quintal em casa deve estimular atividades ao ar livre. Outro desafio para as famílias é incentivar a prática de exercícios físicos em casa e eles podem começar pelos circuitos com travesseiros e garrafas plásticas e atividades como pular corda, dançar e correr. Agora, a dica mais importante é que o adulto seja sempre o modelo de comportamento esperado pelos filhos.
Os pais devem evitar excesso de tecnologia, manter o lar harmonioso e demonstrar de forma assertiva como lidar equilibradamente com o momento. E que ninguém se esqueça de dizer que o momento não é de férias e sim de uma situação emergencial transitória, em que todos nós precisamos reorganizar as atividades cotidianas.
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