O crescimento do mercado imobiliário de Belo Horizonte chamou atenção de quem já tem um imóvel ou pretende comprá-lo neste ano. Segundo dados divulgados pelo Sindicato da Construção Civil de Minas Gerais, na capital do estado o preço médio dos imóveis novos aumentou 55% nos últimos três anos.
Tamanha valorização é justificada pela dificuldade de se encontrar novos imóveis disponíveis na capital. Os antigos também tiveram alta valorização, devido à grande procura das imobiliárias de olho em lotes apropriados para a construção de edifícios. A prioridade dos compradores belorizontinos recaiu sobre apartamentos e ajudou Minas Gerais a se consolidar no ranking dos estados que mais comercializaram esse tipo de imóvel no Brasil em 2023, com quase 10% do total dos negócios fechados.
Agora um fato que chamou muita atenção foi a diferença de preços entre imóveis novos e usados em BH – cerca de 147%, enquanto a média nacional é de 84%. Acontece que esta não é a realidade do interior e Pará de Minas reflete isso muito bem. Por aqui, embora os imóveis continuem sendo valorizados o índice não passou de 15%.
No caso dos apartamentos, por exemplo, existe facilidade deles serem encontrados em todos os padrões e tamanhos. Já a procura por casas na faixa de R$500 mil, continua grande pela dificuldade delas serem encontradas. E para as casas avaliadas em R$1 milhão a oferta é boa, mas a procura é pequena. Primeiro, porque quem deseja um imóvel assim tem dinheiro para construir e prefere não comprar e reformar. E depois porque as famílias têm optado por imóveis menores, para facilitar a limpeza do dia a dia.
Para 2024, o setor está otimista, acreditando que o desempenho do mercado imobiliário será melhor. Entre os fatores que devem contribuir para isso estão as novas condições do programa Minha Casa, Minha Vida – com o aumento do valor do subsídio – e a continuidade do processo de redução da taxa de juros. Aliás, na medida em que a Selic diminuir, a valorização dos imóveis voltará a acontecer de forma mais acelerada.
Agora, em relação aos alugueis os inquilinos continuam reclamando dos altos preços pagos em Pará de Minas. O movimento para cima se justifica pela escassez de bons imóveis para locação. E como a lei da oferta e da procura é quem manda, essa situação não deve mudar tão cedo.
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