O prato feito ou PF, como muitos gostam de chamar, também não escapou da fome da inflação. Vendido em Pará de Minas a partir de R$12,00 ele mantém as opções de arroz, feijão, ovo e salada, mas a carne encolheu. Para segurar os preços e os clientes, os comerciantes foram obrigados a diminuir o tamanho do bife, que aparece agora de forma discreta na lateral do prato. Nos restaurantes que oferecem outras opções, caso das carnes em pedaços e do frango, as porções também foram reduzidas.
As cozinheiras fazem tudo para não perder a qualidade, mas não resta outra saída que não seja encolher o produto mais caro e o vilão continua mesmo sendo a carne. Estratégias como o picadinho com batatas e o frango com macarrão também entraram no cardápio, para aliviar os preços e agradar os clientes que estão de olho nas mudanças das refeições.
Mas como o cenário ficou complicado, após as chuvas intensas da primeira quinzena, outros itens essenciais no preparo da comida também estão pesando nos custos. Verduras e legumes tiveram alta considerável, complicando o processo de variação dos cardápios no dia a dia. Tem ainda o preço do óleo, item essencial no preparo da comida. Por causa dele, a batata deixou de ser frita para chegar na mesa cozida.
Os comerciantes sabem que a situação não está boa, por isso seguram ao máximo os preços e mesmo assim sentem que estão perdendo clientes. Trabalhadores que pediam marmitex todo dia, reduziram pela metade. Outros trocaram o marmitex inteiro por meia porção.
A alegação é a mesma: comer fora está puxado. Ninguém responsabiliza o varejo pela situação, mas todos têm consciência que o momento é de economizar ao máximo. Não falta apetite, está faltando mesmo é dinheiro no bolso.