Embora muito presente no cotidiano das pessoas, o álcool pode ser fatal por afetar o sistema nervoso central. Não existe uma “dose segura” quando se trata do consumo de bebidas alcoólicas.
Segundo estudo feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) o Brasil registra em média 12 mortes por hora em consequência do uso abusivo de álcool. Os mais atingidos são os homens, correspondendo a 86% das mortes.
A faixa etária acima dos 55 anos é a que mais registra aumento nas mortes associadas ao consumo de álcool no país. São vários os motivos que provocam essa situação, mas o vazio emocional é um dos principais.
Em conversa conosco, um dos membros do grupo de Alcoólicos Anônimos, ressaltou que a situação também ocorre com frequência por aqui. O álcool tem sido uma válvula de escape para os problemas do cotidiano:
Mesmo diante das complicações que o álcool traz na vida da pessoa e dos que estão ao seu redor, a aceitação da dependência é difícil porque muitos pensam que estão no controle do vício. Dificilmente um alcoólatra aceita o tratamento. Isso geralmente só acontece depois que ele perde alguma coisa importante ou está diante da morte. O tabu da recuperação também é um entrave na busca de auxílio.
No entanto, não existe fórmula mágica para superar a dependência e o primeiro passo é a pessoa aceitar que perdeu a luta contra o vício:
O exagero no consumo está associado ao desenvolvimento de distúrbios mentais, doenças cardiovasculares, gastrointestinais, hepáticas, como cirrose, e até alguns tipos de câncer. É considerado “etilista pesado” o homem que ingere mais de 210 g de álcool por semana e as mulheres que consomem acima de 140 g.
Alguns aspectos para se atentar ao padrão de consumo excessivo são a compulsão por beber, tremores, sudorese, palpitações, confusão mental e mal-estar quando a pessoa não bebe, ou consome álcool para evitar que tais sintomas apareçam ou para aliviá-los.
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