Uma nova pesquisa no mercado de trabalho mostra o tamanho dos problemas que muitos profissionais estão enfrentando no home office. Eles vão desde a falta de um bom computador em casa, assim como mesa e cadeira apropriada ao trabalho, até a saúde mental. Os estudos feitos por especialistas, para avaliar as mudanças forçadas pela pandemia no Brasil, mostram que mais da metade dos trabalhadores sentiu impactos psicológicos com a dificuldade de entender os limites, ou seja, onde começava e terminava o trabalho, as tarefas domésticas, o lazer e os momentos com a família.
As mulheres, segundo as pesquisas, são as mais afetadas. A grande maioria foi acometida por ansiedade. Elas reconhecem que o home office é prático, evitando perda de tempo no deslocamento, mas o senso de imediatismo é difícil de vencer pois a jornada torna-se eterna, a pessoa tem dificuldade de desligar do trabalho. Outra reclamação constante tem sido a dificuldade de concentração. Grande parcela dos entrevistados alegou que está demorando mais para executar tarefas simples.
Os profissionais que buscam compreender as mudanças pelas quais passa o mundo do trabalho alertam que esse impacto na saúde mental não é fruto somente da mudança para o trabalho remoto. A Covid acelerou o esgotamento profissional no país. E é exatamente esse somatório que tem desafiado o novo padrão do mercado de trabalho. Existem profissionais que estão esgotados com a nova realidade e outros que se mostram melhor adaptados.
Antes da pandemia, muitas empresas já incentivavam o home office e esse número vem aumentando, a partir do bom rendimento do trabalho. O desafio agora, segundo os especialistas, é a criação de relações profissionais mais humanizadas, independentemente do profissional estar em casa ou na empresa. A produtividade só cresce no ambiente de trabalho quando existem lideranças que ajudam as pessoas a serem melhores. Empresas sem meta e sem valorização da mão de obra não terão futuro e nem conseguirão bom desempenho da equipe.
Foto Ilustrativa: pixabay.com
