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PARÁ DE MINAS EM DESTAQUE

Coteminas, grupo que a Santanense faz parte, anuncia reestruturação para voltar a produzir

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Uma notícia divulgada no outro lado do país – em Blumenau, Santa Catarina – despertou grande interesse no setor têxtil mineiro, especialmente entre os sindicatos de classe e trabalhadores da área.

É que o grupo Coteminas quebrou o silêncio e falou sobre sua reestruturação. Para quem não sabe ou se esqueceu, a Santanense faz parte deste grupo e há vários meses está com sua produção paralisada, não só em Pará de Minas como em Itaúna e outras cidades mineiras.

Segundo informações divulgadas pela imprensa especializada no assunto, a Coteminas deu sinal de vida depois de fazer várias demissões em massa nos últimos meses.

No balanço mais recente da empresa, publicado há poucos dias, ela anunciou a conclusão de importante etapa no processo de reestruturação, que inclui negociações com credores para prolongar e reduzir dívidas. 

Com a venda de ativos não operacionais, a empresa informou que diminuiu o seu passivo em R$70 milhões. E acrescentou que está trabalhando para finalizar uma auditoria prévia para alienação de outro ativo, o que levará a uma redução adicional de mais R$30 milhões.

A Coteminas também sustenta que finalizou o alongamento de parte relevante de seus passivos financeiros para cerca de oito anos, com taxas de juros mais baixas e vencimento final para 2033. São financiamentos que somam cerca de R$550 milhões.

A companhia anunciou ainda que para consolidação de seu parque industrial serão desativadas duas fábricas, mas os locais das unidades não foram informados. Os respectivos imóveis serão disponibilizados para venda ou arrendamento.

Outra informação dela é que estão para ser concretizados acordos comerciais preferenciais, com fornecedores exclusivos e prazos de pagamento que levam a uma significativa redução de capital de giro.

A Coteminas alega ainda que, desde o fim da pandemia, vem tendo os negócios impactados negativamente por uma combinação de fatores que vão da queda na demanda por produtos até o aumento de preços dos insumos e a elevação das taxas de juros no Brasil e no mundo.

A empresa acrescenta que essa conjuntura fez com que os custos com financiamento saltassem de 6% para 18% ao ano em prazo muito curto, o que desencadeou dificuldades financeiras e operacionais.

Tanto ela como as empresas controladas pelo grupo diminuíram suas operações para manter a dívida financeira sob controle. A notícia cria certo ânimo no grupo e pode sinalizar a retomada da produção nas unidades em alguns meses.

Mas ainda é muito cedo para se dizer quando isso acontecerá ou se realmente vai acontecer. O fato é que os trabalhadores que estão de braços cruzados já há algum tempo – e eles são muitos – estão bastante apreensivos.

Segundo o JM apurou, conversando com vários deles, o que causa maior angústia é a ausência total de informações. Por aqui, a direção da Santanense mantém o silêncio absoluto, inclusive com o Sindicato dos Trabalhadores Têxteis, que é o órgão ao qual os trabalhadores sempre recorriam em busca de informações.





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