Mesmo sendo reconhecido como o setor de maior destaque no agronegócio de Pará de Minas, a suinocultura independente não teve motivos para comemorar em 2022. A avaliação é de Cássio Diniz, vice-presidente da Associação de Suinocultores do Centro-Oeste Mineiro (Assuicom).
Em entrevista ao Jornal da Manhã, ele afirmou que o balanço do ano foi negativo, com a suinocultura entrando numa das piores crises deste século. O motivo está na alta significativa dos custos de produção, impulsionada, principalmente, pelo milho e farelo de soja, o que desequilibrou as contas dos produtores.
Segundo a Central de Inteligência de Aves e Suínos da Embrapa, o custo de produção por quilo de suíno vivo chegou a R$ 8,07, o maior já registrado pela central.
Em contrapartida, o preço de venda do suíno vivo não acompanhou essa alta. Em Pará de Minas, por exemplo, o melhor momento foi quando ele chegou a uma média de R$ 7,30 o quilo, no segundo semestre.
Segundo Cássio, diante desses números, os produtores trabalharam para pagar contas e não para ter lucro.
Foi justamente no primeiro semestre de 2022, que a suinocultura independente viveu seu pior momento em Pará de Minas. Para este ano, Cássio disse que é difícil fazer previsões diante da mudança de governo, mas ele está otimista.
Uma das esperanças dele e outros suinocultores independentes da região é o trabalho da Assuicom, associação criada em setembro do ano passado.
Ela nasceu para auxiliar a categoria através de parcerias e projetos de desenvolvimento, contribuindo para o fomento do setor. Cássio acredita que, a partir desta união e representatividade, a suinocultura independente ganhará mais força e amenizará prejuízos para os trabalhadores.
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