Alvo de polêmica desde março, a soltura de presos por causa da pandemia de Covid-19 continua gerando repercussão em todo o país. O assunto veio à tona com a publicação de uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) orientando a adoção de medidas pelo poder judiciário para evitar a disseminação do coronavírus nos presídios brasileiros.
Entre as recomendações, a que mais chamou atenção se refere ao sistema prisional, recomendando a reavaliação de prisões provisórias, especialmente quanto aos grupos mais vulneráveis ou quando a unidade estiver superlotada ou sem atendimento médico.
O CNJ sugeriu ainda a avaliação de prisões preventivas com prazo superior a 90 dias ou que resultem de crimes menos graves e a opção pela prisão domiciliar aos presos em regime aberto ou semiaberto ou quando houver sintomas da Covid-19.
As recomendações foram acatadas de acordo com a consideração de cada juiz e milhares de detentos deixaram as unidades prisionais nos últimos meses. Mais de 32 mil presos foram incluídos na decisão.
E agora a oportunidade para uma nova vida está no centro das discussões, como aponta a ex-diretora da Penitenciária Pio Canedo de Pará de Minas, Sara Simões Pires. Em entrevista ao Jornal da Manhã, ela comentou o tema espinhoso.
Sara Simões também demonstrou preocupação com a disseminação do coronavírus na Pio Canedo. A ex-diretora elogia as medidas adotadas pelo Governo de Minas, mas acredita que a guarda contra o vírus não pode afrouxar.
Em Pará de Minas, não há informações oficiais de quantos detentos foram soltos em razão das recomendações do Conselho Nacional de Justiça. No entanto, sabe-se que na Pio Canedo todas as recomendações de segurança sanitárias estão sendo seguidas à risca para garantir a saúde dos detentos e servidores.
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM