A produção brasileira de ração para animais deve ficar próxima de 82 milhões de toneladas até o final do ano. A projeção do setor é comemorada pela indústria, apesar do índice de crescimento, algo em torno de 1,3%, estar muito abaixo do que foi projetado no início do ano, que era de 3,5% sobre 2021.
Este quadro pode ser explicado pela alta nos preços dos insumos, que reflete no preço final da alimentação dos principais rebanhos do país. Entre os que acompanham de perto a movimentação do mercado está o empresário Isney Faria, proprietário da Rações Futura, com sede na vizinha cidade de Martinho Campos.
Segundo ele, diferente de outros setores da indústria, a produção de rações não sofre com a falta de insumos, já que grande parte do material é produzida em solo nacional. No entanto, o encarecimento deles acaba refletindo no preço final.
Isney informa que a Rações Futura tem produzido cerca de 20 mil toneladas de produtos por mês, incluindo rações, concentrados, premix e outros produtos destinados à pecuária.
E o empresário também chama atenção para a importância da valorização do agronegócio. Além de representar grande parte da economia nacional, o setor está diretamente ligado à alimentação.
Para o Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), a expectativa de melhora do mercado, inclusive para que as projeções sejam alcançadas, está centrada nos próximos meses.
A entidade entende que a produção maior na safrinha de milho deverá contribuir para melhorar o preço do insumo. Também é favorável ao setor a desoneração dos impostos sobre os combustíveis e energia elétrica, que impactam diretamente nos custos de produção e distribuição.
Fotos: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM e Reprodução/Rações Futura
