Vereadores membros da Comissão de Saúde da Câmara Municipal questionaram a decisão da UPA 24H de retirar os bancos de concreto que ficavam na entrada da unidade, no lado externo do prédio localizado no bairro Senador Valadares.
Os assentos foram retirados há algumas semanas e, desde então, os pacientes que não conseguem um lugar para esperar pelo atendimento na parte interna, aguardam do lado de fora em pé.
A medida foi justificada pela UPA como uma ação de prevenção, a fim de evitar acidentes entre ambulâncias e cidadãos. Houve, inclusive, uma solicitação do SAMU para a remoção dos bancos, conforme revelou o servidor Ricardo Araújo.
Para a Comissão de Saúde do Legislativo, a decisão tem potencial de atingir um efeito contrário, ou seja, ao invés de reduzir os riscos ela pode elevar a chance de um acidente entre ambulâncias e pacientes que aguardam atendimento. O vereador Clebinho do Lavajato, vice-presidente da comissão, esteve na UPA e falou sobre o assunto.
A comissão já levou o assunto até o secretário Municipal de Saúde, Wagner Magesty. Segundo o vereador Carlos Lázaro, que preside o grupo na Câmara, o gestor da pasta ficou de dar um posicionamento ainda nesta semana, com possibilidade de retorno dos bancos.
Os bancos de concreto foram instalados na UPA em 2020, através de uma doação da Praça de Esportes do Pará. Na época, foram colocados 12 assentos, cada um com 1.50m de comprimento.
E ainda durante as discussões sobre a entrada da UPA 24H, o vereador Gustavo Duarte sugeriu à Secretaria de Saúde repensar a infraestrutura da recepção da unidade. No entendimento dele, muitas situações desagradáveis poderiam ser evitadas a partir de mudanças no local.
A UPA 24H foi inaugurada em 2017, no primeiro ano de gestão do prefeito Elias Diniz. De lá pra cá, ela se tornou uma das principais unidades de atendimento de urgência e emergência na microrregião de Saúde.
