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Desespero, lágrimas e revolta nas mais de 100 demissões da Secretaria de Educação: Câmara se mobiliza para reverter a situação

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Primeiro veio o susto, depois o desespero e a revolta. Em seguida as lágrimas de muitos dos demitidos. Foi assim que mais de cem profissionais da rede municipal de Educação em Pará de Minas acordaram ontem. As demissões foram anunciadas por mensagens disparadas pelo aplicativo de WhatsApp, o que revoltou ainda mais os profissionais.

A alegação da Secretaria de Educação foi que em tempos de distanciamento social, essa seria a forma correta de comunicar a rescisão dos contratos. A dispensa coletiva atingiu todos os contratos administrativos firmados em março neste ano com professores auxiliares, serventes, profissionais de apoio, professores da Educação Básica I, II e III.

No comunicado, assinado pela secretária Marluce Pinto Coelho, as dispensas foram justificadas com a suspensão das aulas presenciais, diminuição do número de alunos e a impossibilidade de redução da remuneração paga nos contratos desta natureza. Os demitidos contestam, alegando que têm trabalhado muito em home office.

Tão logo a notícia se espalhou eles recorreram ao Sindicato dos Servidores Públicos de Pará de Minas e depois aos vereadores. A Comissão de Educação da Câmara agiu rapidamente, convocando uma reunião com a categoria para o meio da tarde. Por causa do distanciamento social foi pedido que somente alguns professores se encaminhassem até o plenário da Câmara e a reunião durou mais de uma hora.

Houve desabafos, protestos, críticas à desvalorização da classe e pedidos de socorro aos vereadores.  O JM acompanhou tudo de perto e traz alguns depoimentos de alguns professores e estagiários:

Durante a reunião na Câmara também foi citado que as rescisões contratuais teriam sido forçadas pelo Ministério Público de Pará de Minas, mas os vereadores duvidaram dessa informação até mesmo por não ter recebido cópia do documento. E mesmo que ele exista, segundo Marcus Vinícius de Faria, o Marcão, por que o Ministério Público questionaria o trabalho remoto se a Justiça está fazendo isso:

O vereador Marcos Aurélio dos Santos ficou revoltado com o que definiu de situação “cruel”:

O presidente da Câmara, Marcílio Souza, também disparou críticas dizendo que a prefeitura tem gastado dinheiro em muitas frentes desnecessárias:

O presidente da Comissão de Educação da Câmara, Toninho Gladstone, liderou um movimento em que todos os vereadores assinaram ofício solicitando que a prefeitura volte atrás:

O vereador Márcio Lara, tentando acelerar uma possível solução, falou com o prefeito Elias Diniz ao telefone e repassou o teor da conversa aos professores:

A presidente do Sindicato dos Servidores, Tânia Valeriano Leite, lamentou as demissões dizendo que a educação continua sendo muito desvalorizada:

O prefeito Elias Diniz ainda não se pronunciou, mas fontes ligadas a ele informaram que o assunto já está em pauta. Junto da Procuradoria Jurídica do Município e da Secretaria de Educação ele procura uma maneira de manter os contratos. Ainda segundo as fontes, a solução pode ser anunciada nas próximas horas.

Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM




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