O Rio Pará virou motivo de preocupação e investigação das autoridades ambientais mineiras.
No último final de semana, moradores de Pitangui, Martinho Campos e Pompéu, na região Centro-Oeste, registraram cenas tristes: peixes mortos boiando no leito de um dos principais rios do Estado que, desde o ano passado, se tornou uma alternativa de abastecimento de água em Pará de Minas.
Ainda não há informações sobre a quantidade de peixes mortos, nem sobre os motivos que provocaram o episódio nos três municípios. Entre as suspeitas estão a queda brusca de temperatura e o despejo irregular de dejetos industriais.
Em Pitangui, o registro aconteceu no distrito de Sacramento. O Jornal da Manhã conversou com o pescador Márcio Antônio e o sindicalista Neuler Ribeiro, que possui um sítio no local. Eles presenciaram a mortandade dos peixes e ficaram abalados com as cenas.
Como o Rio Pará se tornou uma opção de abastecimento em Pará de Minas, o Jornal da Manhã solicitou um posicionamento da concessionária Águas de Pará de Minas sobre a qualidade da água captada.
Em nota, a empresa informou que “intensificou o monitoramento do seu ponto de captação no rio” e que, “até o momento, não foi constatada nenhuma anormalidade. Todas as análises necessárias já foram realizadas e as amostras coletadas estão dentro dos padrões de qualidade”.
A concessionária disse, ainda, que a “água captada nos ribeirões Paciência, Paivas e no Rio Pará está sendo tratada na Estação de Tratamento de Água (ETA) Nossa Senhora das Graças e distribuída à população, conforme todos os parâmetros de qualidade exigidos pelo Ministério da Saúde”.
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM