Depois dos recentes e sucessivos reajustes no preço do óleo diesel, a Agência Nacional de Transportes Terrestes (ANTT), publicou a nova tabela com preços mínimos de frete rodoviário.
Com isso, os valores dos fretes terão aumentos médios entre 6 e 8%, conforme o tipo de carga, número de eixos, distância do deslocamento e o tipo de operação. Pela legislação a ANTT tem que reajustar os valores do frete a cada seis meses ou então quando a variação do preço do diesel for igual ou superior a 10%.
A expectativa do governo é que a nova tabela agrade os caminhoneiros, mas as primeiras reações não são favoráveis. O setor interpreta o aumento na tabela com a eficácia de se tampar o sol com a peneira. Seria o mesmo que empurrar o caminhoneiro com a barriga.
A reação contrária também vem do Sindicato dos Motoristas de Pará de Minas. O presidente da entidade, Francisco Ferreira Borges, não acredita na eficácia da medida por dois motivos muito claros – a falta de fiscalização e o sobe e desce do mercado:
Francisco Borges responsabiliza igualmente o governo federal e os governos estaduais pela situação e espera medidas que tragam alívio para o setor, porque do jeito que estão as coisas não podem continuar:
E falando agora sobre o preço dos combustíveis, os sindicatos que representam o varejo dos derivados de petróleo não acreditam que a isenção da cobrança do PIS/Cofins sobre o preço do óleo diesel vá trazer impacto imediato ao varejo.
É que o diesel zerado só chegará aos consumidores após a reposição dos estoques atuais das revendedoras que, dependendo do giro, pode chegar até a 10 dias. O repasse integral da isenção depende de toda a cadeia produtiva do setor.
Fotos: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM e Redes Sociais