A Prefeitura de Pará de Minas não pretende acionar a Justiça solicitando revisão dos dados populacionais do Censo Demográfico 2022. A informação foi dada ao Jornal da Manhã pelo prefeito Elias Diniz.
O levantamento realizado pelo IBGE mostrou que a cidade tem uma população de 97.139 pessoas, aumento de 14% na comparação ao último Censo, realizado em 2010. Apesar do crescimento, havia uma expectativa por parte da Prefeitura de que a quantidade de moradores ultrapassasse os 100 mil.
Várias reuniões entre o prefeito Elias Diniz e a equipe responsável pela pesquisa no município foram realizadas ao longo do censo, na tentativa de abranger o maior número de residências possível, tornando o levantamento mais próximo da realidade. Ainda assim, o número de habitantes não saiu da casa dos 97 mil.
Se o aumento populacional vencesse a casa dos 100 mil ele iria subiria os repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Atualmente, Pará de Minas tem participação de 3% e passaria para 3,2% com uma população de mais de 102 mil habitantes. Ao avaliar o resultado, o prefeito Elias Diniz disse que vai respeitar a metodologia do IBGE e projetou a mudança de faixa no FPM para daqui a alguns anos.
Conforme o Jornal da Manhã divulgou na última semana, centenas de prefeituras estão ameaçando acionar a Justiça para revisar os dados do Censo 2022. Segundo a Confederação Nacional de Municípios (CNM), 770 cidades receberão menos recursos do FPM devido à população menor apontada pelo novo levantamento. A entidade estima uma perda total de aproximadamente R$ 3 bilhões.
A CNM informou, ainda, que vai atuar junto ao Congresso e ao governo federal para uma nova contagem populacional em 2025 a fim de corrigir as distorções decorrentes do censo. Essa ação, segundo a confederação, é baseada na lei prevê uma contagem a cada cinco anos em cada município, o que não aconteceu em 2015. Em resposta às reclamações das prefeituras, o IBGE divulgou um comunicado e defendeu a "qualidade e confiabilidade" do Censo Demográfico.
Fotos: Arquivo/Rádio Santa Cruz FM e Ilustrativa: Reprodução/Acervo do IBGE