Hoje é um dia especial, afinal não é todo ano que temos o 29 de fevereiro. A data só existe de quatro em quatro anos, no chamado ano bissexto, que têm 366 dias. A explicação para esse dia extra está ligada, inicialmente, à matemática. É que os 365 dias que definem um ano é o tempo que a Terra leva para dar uma volta inteira ao redor do Sol. Mas esse não é um tempo exato, e sim arredondado.
Segundo os astrônomos, o planeta demora cerca de 365 dias e mais 6 horas para completar a volta. Desta forma, juntando essas horas excedentes a cada ano, em 4 anos, teremos 24 horas exatas, propiciando o acréscimo de um dia no ano bissexto. Além da questão matemática, também há fatores de compensação no calendário para evitar desequilíbrios, o que poderia agravar, principalmente, o agronegócio. Tudo está baseado nas estações do ano.
Especialistas explicam que a inclinação do eixo da Terra e seus movimentos de rotação em torno do sol influenciam as estações em cada hemisfério. Sem o dia 29 de fevereiro, haveria uma desconexão entre as datas e o calendário ficaria atrasado em relação à primavera, verão, outono e inverno. Como exemplo do que poderia acontecer, a primavera começaria só em dezembro no hemisfério sul, justamente no mês em que ela está terminando. Isso afeta, entre tantos setores, a agricultura.
Com relação aos registros de quem nasce no dia 29 de fevereiro, os cartórios são fieis às datas, e nem se os pais quiserem, podem alterar o registro de nascimento. Isso porque os registradores devem cumprir o que está na Declaração de Nascido Vivo (DNV), documento preenchido pelo profissional de saúde no ato do nascimento de um bebê.
Pela legislação, a DNV deve conter nome, sexo, data, horário e município de nascimento, além dos dados da mãe. Resta saber se quem nasceu nessa data vai comemorar o aniversário no dia 28 ou no dia 1º de março em anos não bissextos, mas sempre tem aqueles que brincam (torcendo pra ser verdade) que só envelhecem a cada quatro anos.
