As recentes mudanças anunciadas pelo Ministério da Educação (MEC) para os cursos de ensino a distância (EaD) têm preocupado os estudantes, especialmente aqueles que optaram pela modalidade por sua flexibilidade e praticidade.
As alterações fazem parte da revisão periódica feita pelo MEC a cada cinco anos e o novo marco regulatório estabelece que nenhum curso de graduação poderá ser 100% remoto, exigindo um percentual mínimo de atividades presenciais e encontros síncronos mediadas.
Além disso, cursos como medicina, direito, odontologia, enfermagem e psicologia deverão ser ofertados exclusivamente no formato presencial, enquanto as licenciaturas precisarão ter, pelo menos 50%, da carga horária em atividades presenciais. A medida visa garantir a qualidade da formação, mas levanta dúvidas sobre como as instituições e os alunos irão se adaptar às novas exigências.
O gestor de polo da Unicesumar, João Bosco Silva, informou que o debate ainda está em andamento. Ele acredita que poucas mudanças afetarão os alunos que já cursam o EaD:
Ainda segundo João Bosco, a adoção do modelo de oferta, seja presencial ou a distância, acompanha o perfil de cada estudante.
As alterações serão aplicadas de forma gradual e as instituições terão até dois anos para se adequar. As novas diretrizes também buscam garantir infraestrutura adequada nos polos e maior interação entre estudantes e professores, por meio da figura do mediador pedagógico.
Mais de 500 gestores da educação a distância de todo o país se reuniram em São Paulo recentemente, para discutir o novo marco regulatório e se preparar para as mudanças que entram em vigor no próximo ano.
O encontro abordou as estratégias de adaptação das instituições, os impactos na rotina acadêmica e as melhores formas de garantir que a transição aconteça sem prejuízo para os alunos.
Fotos: Ronni Anderson/Rádio Santa Cruz FM
