Em assembleia extraordinária, o Conselho Administrativo da Cooperativa dos Produtores Rurais de Pará de Minas (Coopará), autorizou a venda de um dos imóveis que ela possui no município para viabilizar o pagamento de parte da dívida. Sufocada pela falta de crédito na praça, ausência de capital de giro e, principalmente, do leite in natura, a Coopará foi obrigada a suspender as atividades do laticínio. Com isso, produtos como queijos, requeijão, doce de leite e bebida láctea desapareceram do mercado.
A dívida da cooperativa passa dos R$3 milhões. Com a venda de alguns dos imóveis de sua propriedade, ela conseguiria limpar o nome e ainda formar um capital de giro para a retomada do laticínio. O Conselho Administrativo só não abre mão da sede, que fica na avenida Presidente Vargas, ocupando um quarteirão. Pelo valor de mercado, ela estaria valendo pelo menos R$40 milhões.
Mas a cooperativa está tentando mesmo controlar a situação financeira com outros imóveis. Ela possui três lotes no bairro Senador Valadares, outro próximo à Itambé e um apartamento em Belo Horizonte. Ainda existe a possibilidade de venda da fábrica de ração, que foi montada dentro de todos os parâmetros exigidos pelo Ministério da Agricultura. A fábrica ocupa uma pequena parte da sede, no bairro São Francisco.
O presidente Juvenal Franklin Fonseca informou também que a Coopará estuda propostas para alugar o laticínio ou trabalhar em parceria com outras entidades. Para estancar as despesas a cooperativa está demitindo os funcionários, com a promessa de recontratação assim que o laticínio voltar a funcionar. Apesar de todas as dificuldades, Juvenal não perdeu o otimismo.
Segundo ele, a Coopará tem solução e se quitar as dívidas rapidamente voltará a ter caixa para pagar os produtores filiados que deixaram de entregar o leite in natura devido aos atrasos constantes no pagamento da folha.
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM
