A morte de uma menina de cinco anos em Araçaí, região Central do Estado, ligou o sinal de alerta para a criação de abelhas, tanto na área urbana quanto na rural. Na semana passada, a pequena Emily Timóteo estava no sítio dos avós, onde há um criadouro de abelhas – também conhecido como apiário - e foi encontrada pelos familiares desmaiada com o corpo tomado pelos insetos.
Segundo os avós relataram à Polícia Militar, a neta saiu para brincar no quintal como tinha costume de fazer. Ao encontrarem a criança desacordada, eles afastaram as abelhas do corpo e a levaram para uma unidade de saúde em Sete Lagoas. Ela chegou em parada cardiorrespiratória e, mesmo com a realização de manobras de ressuscitação, não resistiu.
De acordo com a PM, no sítio são criadas as abelhas europeias, tradicionais na produção de mel e que normalmente utilizam seus ferrões para se defender quando a colméia é ameaçada. O caso ocorrido em Araçaí tem repercutido em toda a região, especialmente em Pará de Minas onde há grande quantidade de criadores de abelhas para a produção de mel.
Segundo Poliana Maia, engenheira agrônoma da Secretaria Municipal de Agronegócio, Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente, manter um apiário com abelhas com ferrão é um trabalho que deve seguir rígidos critérios de segurança para não colocar os trabalhadores e, principalmente, visitantes em perigo.
Dando como exemplo um caso ocorrido na sede da secretaria, no bairro Santos Dumont, o que também pode acontecer em qualquer região da cidade, Poliana fez um alerta aos moradores quando lidarem com um enxame de abelhas com ferrões.
Na área urbana, as abelhas que podem ser criadas são as que não têm ferrão. É o que acontece na sede da Secretaria de Agronegócio, Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente, na rua Waldemar de Oliveira, onde há um meliponário. Atualmente, são 10 colmeias com diferentes espécies, como explica a engenheira agrônoma.
Quem tiver interesse em conhecer como criar um meliponário pode procurar a secretaria para mais informações. A pasta, inclusive, pretende lançar, neste segundo semestre, um curso específico sobre o assunto. Informações também podem ser obtidas junto ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), que executa no Estado as ações do Programa Nacional de Sanidade Apícola.
