Não se pode negar que, nesses últimos anos, a solidão ficou mais presente no dia a dia de muitos. Cresceu o número de domicílios onde vive apenas uma pessoa e com o trabalho remoto, que ganhou força no auge da pandemia, o distanciamento social ficou ainda maior.
Essa transformação social forçou o mercado a fazer grandes mudanças e ganhou o nome de ‘economia da solidão’. É o movimento que oferece uma série de serviços voltados para pessoas que estão sozinhas no dia a dia.
Esse público passou a oferecer novas oportunidades de negócios para o atendimento de necessidades específicas. Um dos setores que mais tem prestado serviços para quem mora sozinho é o de mototaxistas e essa realidade também vem sendo percebida em Pará de Minas, acompanhando os grandes centros.
A procura pelos serviços de entrega cresceu significativamente, segundo avaliação dos profissionais que atuam na área. A conveniência de receber tudo em casa incentiva os consumidores a fazerem frequentes contratações pelo celular.
E do outro lado da linha tem sempre alguém pronto para atender a demanda. Resultado: os mototaxistas estão trabalhando bastante, como confirmam Geraldo Aparecido Linhares e Luis Carlos Santos.
O desejo de morar sozinho também vem movimentando o setor imobiliário. A procura por apartamentos de apenas um quarto tem aquecido o setor e elevado os preços. A procura por esse tipo de moradia se dá pela versatilidade e praticidade no dia-a-dia.
No entanto, é preciso diferenciar solidão e solitude. A solidão é o sentimento de estar sozinho, mesmo com pessoas por perto. Já a solitude é definida quando a pessoa se sente bem em estar desacompanhada.
De acordo com a organização Mundial da Saúde, a solidão se tornou um problema de saúde pública global. A falta de ligações sociais pode estar associada a problemas de saúde mental e aumenta os riscos de ansiedade e depressão.
Fotos: Ronni Anderson/Rádio Santa Cruz FM