As consequências dos encontros de Natal e Ano Novo já dão sinais bem visíveis do agravamento da pandemia da Covid-19 em Minas Gerais. Houve redução da obediência às normas de segurança, como uso de máscara, distanciamento social e higienização das mãos. Mas segundo a Secretaria Estadual de Saúde o pior ainda não veio.
Os sintomas de quem foi contaminado na virada do ano vão começar a manifestar entre os dias 10 e 12 de janeiro. E até lá essas pessoas continuarão contaminando outras. As autoridades de saúde também estão preocupadas com a nova mutação do vírus, que é mais contagiosa. Diante desse cenário já é certo que a irresponsabilidade terá efeito cascata por um bom tempo ainda.
Máscara e distanciamento social continuam sendo as palavras de ordem. E isso vale também aqui pra Pará de Minas, onde a escalada dos casos não para de crescer. O novo boletim da Secretaria Municipal de Saúde aponta 1.554 casos positivos, sendo que desses 1.462 estão recuperados. O número de acompanhamentos domiciliares subiu para 50.
As internações permanecem em 6. O número de óbitos também não cresceu – são 36.Mesmo diante dessa realidade boa parte da população relaxou, acreditando que o contágio não traz grandes sequelas. Mas nunca é demais lembrar que o vírus se comporta de maneira diferente em cada paciente.
Ontem mesmo o agronegócio de Pará de Minas perdeu um de seus grandes produtores rurais. Vinicio Antônio Galvão morreu aos 63 anos de idade. Ele contraiu a doença em dezembro, chegou a se recuperar, mas ela desencadeou outros problemas no organismo. Mais sorte teve o comerciante Alexandre Rezende, que foi surpreendido pelo teste positivo da Covid há cerca de um mês. No caso dele, a doença se manifestou de forma mais branda, mas isso não deixou de preocupá-lo:
A recomendação é para todos. Prevenir é sempre melhor que remediar e, mais do que nunca, nesse momento não dá pra relaxar.
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM e Prefeitura de Pará de Minas/Divulgação